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domingo, 16 de novembro de 2014

DE EXAMINAR PARA AVALIAR, UM TRANSITO DIFÍCIL, MAS NECESSÁRIO.


            
O Luckesi acredita que para se ter um processo de ensino mais bem estruturado nas escolas, é necessário que ocorram mudanças nos hábitos adquiridas pela instituição, como também nas condições que a mesma apresentada. Porém, o autor ressalva que essas mudanças não são tão fáceis, pois vivemos tão enraizados em nossa historia, na sociedade e, dentro de cada um de nós, os antigos hábitos adquiridos ao longo da história. Tornando difícil transitar do hábito do exame para uma prática da avaliação.
Muitos educadores tendem a ficar presos a processo que a sociedade adquiriu durante os séculos, pois a aprendizagem se tornou um conjunto de regras, que são estabelecidas no inicio do ano pelos professores, ou seja, aprender significar tirar notas boas para passar de ano, caso o aluno não repete tais regras, o mesmo será excluindo do processo de aprendizagem pelo próprio sistema. Para Michel Foucault a instituição escolar se tornou um mecanismo de disciplinamento através dos micropoderes, pois eles são os responsáveis por controlar as pessoas, grupos e possuir poder para excluir o individuo socialmente. Visto que a escola encarnou os recursos de exame para punir, amendrotar e controlar os alunos, tentando tornar-lo mais disciplinados.  
O exame escolar se incorporou na metodologia de ensino do professor como a principal ferramenta que auxilia na obtenção dos resultados, pois ao tentar desconstruir-la da sua metodologia, o professor encontra grande dificuldade, visto que a sociedade moderna acaba impondo, pois assim, como ela é o exame também tende a ser excludente, tornando assim, um mecanismo de seleção perante a sociedade.
Portanto, para que se ocorra alguma mudança nesse processo de exame, é necessário remover conceitos que estão na sociedade desde o inicio da história da educação, já que os mesmos tendem a ser idealizados pela sociedade atual como forma de ferramenta que auxilia o professor a ter controle sobre a sala de aula, como também ser um instrumento “capaz” de diagnosticar superficialmente o processo de aprendizagem do aluno.

Referência:

LUCKESI, Cipriano Carlos. De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário. In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p.67-72.


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