Não
sei por onde começar, mas acredito que do inicio é bem melhor. Então vamos lá.
A escola sempre foi vista por mim e por meus colegas um ambiente de
divertimento, embora os anos vivenciados nas escolas públicas tenham sido
marcados por provas, questionários e muitas vezes por castigo, o que faz ser
cicatriz na vida do aluno por toda a sua vida.
Grande
parte dos meus professores do primário, não se importava muito com os alunos,
eles estavam mais interessados em saber se a tarefa que foi solicitada para
fazer em casa tinha sido feito, pois eles acreditavam que se o aluno trouxesse
feita, ele está sabendo. Embora os professores soubessem que essas atividades não
eram feitas pelos alunos sozinhos, mas ajuda dos pais, dos irmãos ou até mesmo
familiares.
Durante
os anos que passei no primário percebi que a avaliação sempre foi para por
notas na caderneta, visto que a mesma não estava a favor da construção da
aprendizagem e nem muito menos utilizada para saber se o aluno aprendeu, e sim,
estava a favor do que o sistema desejava.
As
notas baixas na escola acarretavam evasão do aluno, e diante desses fatos a
escola tinha como papel sempre tentar passar o aluno, mesmo que o individuo não
tivesse sabendo muita coisa, pois os professores faziam o que a direção pedia,
já que a evasão dos alunos iria diminuir a verba da escola. Muitos dos
professores não estavam preocupados com os alunos, mesmo alguns tendo
comportamento rebelde o ano todo, sendo mau exemplo perante a turma e com um
déficit de aprendizagem muito ruim, ainda sim, os professores aprovavam esses
alunos, pois eles não estavam preocupados se o aluno aprendeu ou não. Hoje sei
que grande parte disso não é só culpa desses professores, mas sei que eles
também não fizeram nada para mudar isso, ficando assim, um ciclo vicioso.
No
entanto, nem todos os professores foram assim, acho que me recordo com uma
lembrança bem fraca, de alguns que se importaram com os alunos, pois sempre se
preocupava se estávamos aprendendo e aconselhava aos pais para ajudassem nas tarefas que era mandada
para ser realizadas em casa.
Durante
o ensino médio não foi diferente, muitos dos meus professores lecionavam um
disciplina ser ter devido graduação na mesma, ou seja, professor de formado em
geografia ensinava matemática, outros formatos em história poderiam ensinar em
inglês, e assim por diante. Acredito que muitas vezes a falta de conhecimento
de algum foram motivos de levar o conteúdo de forma simples e básica, pois
muitas das avaliações eram com intuito de colocar notas, muitos dos alunos não
se preocupava se iria reprovar, pois a reprovação era algo que só ouvíamos falar
de boca, mas que na realidade o professor no final de tudo, dava um jeito para
passar o aluno, mandando fazer um trabalho, um seminário, ou até mesmo um
recuperação da avaliação que fez. Porém essa recuperação não estava a serviço
da aprendizagem do aluno, mas em busca de notas para aprovação na disciplina.
O
ensino médio foi completamente assim, embora alguns professores ter utilizado
meio contraditório para submeter os alunos a ter notas, como por exemplo, a
minha professora de biologia, que na verdade não tinha formação na área, sempre
exigia que os alunos xerocassem apostila sobre determinados assuntos, ai tudo
bem, mas o motivo de tanta Xerox, é que a mesma tinha comprado uma máquina e
tinha colocado no colégio, então por esse motivo, ele exigia para que nós
alunos tira-se, já que ela daria pontos a mais na prova para quem tivesse o
material em mãos.
Hoje
vejo que praticamente todo meu percurso no ensino fundamental e médio, foi
marcado por avaliação classificatória e excludente. Os anos foram se passando e
após concluir o ensino médio, tive a oportunidade de ingressar em uma nova
instituição de ensino, na qual muitos alunos almejam quando estão estudando o
ensino médio. E lá também não é diferente, pois segue a mesma forma como os
professores avaliavam no ensino médio, porém antes de ingressar na universidade,
eu inocentemente, acreditava que conhecimento se construía de forma formativa,
mas vejo que o produto final é mais importante do que a formação do
conhecimento no individuo.
Portanto,
é nítido percebemos que durante o percurso escolar que vivenciei, me deparei
com avaliação classificatória, excludente e professores sem compromissos com a
educação, hoje sei que a missão de ser professor não é fácil, pois é necessário
que o individuo tenha algumas características necessárias para ser um bom
professor, como: ser paciente, ser flexível, saber lhe dá com as diversidades,
ser sensível para perceber as dificuldades dos seus alunos, entre outras.
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