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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

AI QUE VIDA, ESCOLA


Não sei por onde começar, mas acredito que do inicio é bem melhor. Então vamos lá. A escola sempre foi vista por mim e por meus colegas um ambiente de divertimento, embora os anos vivenciados nas escolas públicas tenham sido marcados por provas, questionários e muitas vezes por castigo, o que faz ser cicatriz na vida do aluno por toda a sua vida.
Grande parte dos meus professores do primário, não se importava muito com os alunos, eles estavam mais interessados em saber se a tarefa que foi solicitada para fazer em casa tinha sido feito, pois eles acreditavam que se o aluno trouxesse feita, ele está sabendo. Embora os professores soubessem que essas atividades não eram feitas pelos alunos sozinhos, mas ajuda dos pais, dos irmãos ou até mesmo familiares.
Durante os anos que passei no primário percebi que a avaliação sempre foi para por notas na caderneta, visto que a mesma não estava a favor da construção da aprendizagem e nem muito menos utilizada para saber se o aluno aprendeu, e sim, estava a favor do que o sistema desejava.
As notas baixas na escola acarretavam evasão do aluno, e diante desses fatos a escola tinha como papel sempre tentar passar o aluno, mesmo que o individuo não tivesse sabendo muita coisa, pois os professores faziam o que a direção pedia, já que a evasão dos alunos iria diminuir a verba da escola. Muitos dos professores não estavam preocupados com os alunos, mesmo alguns tendo comportamento rebelde o ano todo, sendo mau exemplo perante a turma e com um déficit de aprendizagem muito ruim, ainda sim, os professores aprovavam esses alunos, pois eles não estavam preocupados se o aluno aprendeu ou não. Hoje sei que grande parte disso não é só culpa desses professores, mas sei que eles também não fizeram nada para mudar isso, ficando assim, um ciclo vicioso.
No entanto, nem todos os professores foram assim, acho que me recordo com uma lembrança bem fraca, de alguns que se importaram com os alunos, pois sempre se preocupava se estávamos aprendendo e aconselhava aos pais  para ajudassem nas tarefas que era mandada para ser realizadas em casa.
Durante o ensino médio não foi diferente, muitos dos meus professores lecionavam um disciplina ser ter devido graduação na mesma, ou seja, professor de formado em geografia ensinava matemática, outros formatos em história poderiam ensinar em inglês, e assim por diante. Acredito que muitas vezes a falta de conhecimento de algum foram motivos de levar o conteúdo de forma simples e básica, pois muitas das avaliações eram com intuito de colocar notas, muitos dos alunos não se preocupava se iria reprovar, pois a reprovação era algo que só ouvíamos falar de boca, mas que na realidade o professor no final de tudo, dava um jeito para passar o aluno, mandando fazer um trabalho, um seminário, ou até mesmo um recuperação da avaliação que fez. Porém essa recuperação não estava a serviço da aprendizagem do aluno, mas em busca de notas para aprovação na disciplina.
O ensino médio foi completamente assim, embora alguns professores ter utilizado meio contraditório para submeter os alunos a ter notas, como por exemplo, a minha professora de biologia, que na verdade não tinha formação na área, sempre exigia que os alunos xerocassem apostila sobre determinados assuntos, ai tudo bem, mas o motivo de tanta Xerox, é que a mesma tinha comprado uma máquina e tinha colocado no colégio, então por esse motivo, ele exigia para que nós alunos tira-se, já que ela daria pontos a mais na prova para quem tivesse o material em mãos.
Hoje vejo que praticamente todo meu percurso no ensino fundamental e médio, foi marcado por avaliação classificatória e excludente. Os anos foram se passando e após concluir o ensino médio, tive a oportunidade de ingressar em uma nova instituição de ensino, na qual muitos alunos almejam quando estão estudando o ensino médio. E lá também não é diferente, pois segue a mesma forma como os professores avaliavam no ensino médio, porém antes de ingressar na universidade, eu inocentemente, acreditava que conhecimento se construía de forma formativa, mas vejo que o produto final é mais importante do que a formação do conhecimento no individuo.
Portanto, é nítido percebemos que durante o percurso escolar que vivenciei, me deparei com avaliação classificatória, excludente e professores sem compromissos com a educação, hoje sei que a missão de ser professor não é fácil, pois é necessário que o individuo tenha algumas características necessárias para ser um bom professor, como: ser paciente, ser flexível, saber lhe dá com as diversidades, ser sensível para perceber as dificuldades dos seus alunos, entre outras.







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